8.9.10

sobre a dani!

Sábado foi o casamento da Dani, amiga querida que trabalha comigo na Hey Now Life.

Passamos nossos dias meio cheios de tédios por conta de dietas e números, fofocando sobre a vida dentro e fora da casa branca, sobre os pacientes e doenças, e... comendo!

A gente vive se xingando também, e ela me apelida de várias coisas que não gosto. Só aceito o "jovem", que finjo ser carinhoso, e não no sentido pejorativo.

Enfim, acompanhei um pouquinho (deve ter sido 10%!) da loucura é um casamento, e também do que a Dani gostava ou não em casamentos, graças ao milhares de blogs...

Parecia que o dia 4 de setembro nunca chegava, e que era tão distante.

Eu até preferia assim, pois daí aquela preparação toda pro casamento não acabaria e eu não ia perder minha "companheira de guerra" pra lua de mel!

Mas o dia chegou... e eu consegui chegar atrasada na igreja! Tudo bem que era bem longe e não conhecíamos o caminho... mas sabe quando você não dá muita importância pra alguma coisa até que ela acontece ou acaba?

Eu sabia que eu queria estar lá, e estaria, mas não me preocupei demais. Eu queria muito ter visto a Dani entrar na igreja... porque ela não é uma pessoa comum, sabe?
Aquela que queria um casamento enorme, cheio dos clichês, e louca pra ser paparicada por 200 convidados.
Eu sei que por ela, seria uma festa pra 50 pessoas, mais do jeitinho dela e menos do jeito da decoradora.

Achei a igreja linda demais, e perdoei por ser tão longe.

A decoração da festa.... linda! (ok, ponto pra bruxa)

As luzes, as mesas de madeira, as flores, vasos, tudo muito bem feito e aconchegante.

Deu um orgulhinho da Dani, que não é minha amiga de infância e nem minha irmã, a gente não cresceu juntas, mas ainda assim fiquei orgulhosa de vê-la casar.
Até porque eu sou "jovem" e ela é minha primeira amiga de verdade que casa, então não to acostumada.

Como dizia o cd de lembrança (que tou ouvindo direto desde domingo!), a Dani e o Shatz são o ímpar perfeito, e eu desejo de verdade que vocês continuem se fazendo feliz, brigando o menos possível, e sendo essas duas pessoas incríveis, que não são cheios de amigos sem motivos.

Eu sei que ela merece mais que um emprego chato, por isso to morrendo de medo que ela não volte mais pra cá.

Por ora, boas férias querida! :)

19.7.10

sobre ser feliz, em geral.

Será que dá para ser feliz sem dinheiro?

Tenho certeza que existem pessoas especiais e capazes de transformar qualquer situação legal o suficiente para que não precisemos nos preocupar com a roupa que vestimos, a maquiagem (ou a falta dela), a bebida que tomamos, a comida que comemos ou com o lugar em que estamos.

Mas infelizmente essas pessoas são raras e é sim muito difícil ter "cabeça" para aguentar e não precisar das facilidades que o dinheiro proporciona, depois de trabalhar, estudar, e resolver todos os pepinos que a vida nos proporciona diariamente.

Então a minha pseudo-solução, é questionar: estamos velhos? Como se a idade avantajada, fosse sinônimo de apatia, tédio, insatisfação e desmotivação para viver.

Afinal, quanto mais velhos, a vontade de viver aumenta, ou diminui?

Sempre tive a impressão que pessoas mais velhas que eu, é que usavam milhares de desculpas para não fazer as coisas: contas para pagar, muito calor, muito frio, cansaço, resfriado, preguiça, filhos, trabalho, etc...

Mas eu, com 21 anos e meio na cara, me vejo usando essas desculpas também.
Ou então, quando me disponho (!!) a fazer alguma coisa, às vezes não consigo me desligar das obrigações, e acabamos todos sempre recuando, nos restringindo, engolindo os sentimentos, voltando mais cedo para casa, rindo menos, chorando menos, vivendo menos.

Uma coisa que notei nesse final de semana é que se você vai num lugar bacana, com comida diferente, por exemplo, você vai pagar pelo conjunto.

Pra que ficar reclamando o tempo todo por esse preço, e no final ter que pagar do mesmo jeito? Por que não encarar como um presente, ou apenas curtir o lugar, a comida bacana e a companhia? O preço vai ser o mesmo no final, mas o caminho é muito mais fácil e divertido quando se aceita a "vida" como ela é, e não passamos o tempo todo lutando contra isso.

Eu acho mesmo que na minha (pouca) idade, eu deveria estar VIVENDO mais, e reclamando menos. Encontrando menos desculpas para fazer o que for que seja.

Em vez de se preocupar com o amanhã: enjoy the ride.

"Você não consegue escolher como você vai morrer, ou quando. Você consegue apenas decidir como você vai viver. Agora."
-- Joan Baez

21.4.10

sobre as lamentações de ser mulher.

Ser mulher não é fácil.

Tem que estar sempre magra, linda, perfumada, maquiada, bem vestida, ser bem resolvida, cabelo limpo e em ordem, unhas pintadas, pele macia e depilação em dia.

A gente vai ao dentista e ouve tudo como tem que escovar os dentes e passar fio dental após cada refeição, não comer doces e balas, fazer limpeza a cada 6 meses, tudo isso pra depois não ter que fazer restaurações.
Beleza, a gente sai de lá pensando que vai fazer tudo certinho, afinal, ninguém merece ter os dentes doendo quando toma água gelada (/colgate) e come chocolate né? Mas e o trabalho que dá escovar os dentes sempre que come o lanche da manhã ou da tarde? E passar o fio dental em todos os dentes? E evitar a coca cola e o café pros dentes não amarelarem?

Depois tem a nutróloga (a Dani me mata) que dá aquela dieta que sabemos de cor e salteado, faz recomendações de caminhar, fazer exercícios, dormir bem, comer saladas e verduras, não comer na frente do computador ou televisão, tirar tempo para comer com calma, não beber durante as refeições, não beber muito álcool, comer frutas, e enfim, comer pouca porcaria e muita coisa verde.
Saio de lá pensando, claro, isso é saudável e vai evitar problemas mais tarde, além do mais vou ficar com o corpo legal e tal. E o tempo e esforço pra fazer tudo isso? A vida moderna permite todas essas frescuras? Caminhar de manhã cedo no feriado? E sábado e domingo também, já que é a solução pra quem trabalha e estuda o dia todo.

E eu não consigo almoçar comida decente todos os dias. Meu “vale refeição” (deveria ser vale 1/3 de refeição) não dá conta do padrão dos restaurantes do centro, e acaba em duas semanas, com sorte. Meu trabalho fica no topo de um morro, e além de descê-lo, tenho que andar mais uns 500 metros pra chegar num restaurante, então quando tenho o empenho de fazer isso no sol escaldante, quero comer uma coisa calórica e que vai me deixar feliz, né? Só que essas coisas custam o dobro do que posso pagar, e ainda acumulam as gordurinhas. Daí o resto do mês eu tenho que comer a péssima comida (não sou mal agradecida, viu? Não é muito boa mesmo) requentada da minha mãe. Isso não anima muito.

Eu adoro maquiagem. Mas quem me vê todos os dias, sabe que eu não uso. Quando vou numa farmácia ver o que “tem de novo”, to sempre sem, e a mulher deve me achar louca porque compro tanto, mas nunca me vê maquiada.
Daí a gente vê as meninas de pele perfeita, que nem precisam de base. Passa o rímel e blush e tá pronta pra trabalhar. Eu queria sim ir bonitinha trabalhar todos os dias. Com o corretivo no lugar, rímel, um traço de lápis de olho, blush e batons diferentes todos os dias. Só pra dar um “up”. Mas não tenho tempo. Acordo atrasada todos os dias e a correria só me permite lavar o rosto com um sabonete adequado, passar o tônico e o hidratante sem FPS. O protetor solar perfeito eu tenho, mas não dá tempo de passar, e depois de retocar também.

E tem que ir trabalhar com a roupa limpa, passada e bonitinha, o sapato confortável pra subir o morro e às vezes andar até o restaurante pra almoçar. Não dá. Vou de calça jeans todos os dias e uma blusa qualquer que me permite brigar o menos possível com o frio ou o calor absurdo lá fora. Nos pés sempre o mesmo tênis all star ou uma sapatilha pra variar.

No cabelo dei jeito porque agora ele tá curto. Ainda precisa de uma chapinha todas manhãs pq quando acordo ele fica volumoso no “topo”. Coisa de 5 minutos que às vezes custa o meu ônibus. Mas já foi pior. E eu tenho que lavar ele todos os dias pq é muito oleoso.

As unhas eu não faço sempre, tenho preguiça. Mas às vezes bate a vergonha e faço, ou “mando fazer”.
A pele não tá macia, mas o namorado acha que tá bom. Tenho preguiça dos hidratantes de corpo, apesar de ter vários.

A depilação eu gosto de pensar que não faria com tanta freqüência se não tivesse namorado. É um negócio que pouparia dinheiro e dor. Mas eu admito que gosto muito do resultado depois, então, eu tento reclamar o menos possível porque vale a pena. Mas olha, dói.

Daí a gente vai ao dermatologista e ele já dá outras milhares de recomendações e produtos pros problemas que a gente leva lá, mas tem a maior preguiça de resolver depois que aparece uma possível solução.

A ginecologista tem a vez dela. O ortopedista também, pra dor nas costas. A neurologista pra dificuldade em dormir.

Como mulher é problemática né? Vê problemas em tudo. Eu acho bom que eu tento resolver algumas coisas, mas daí vou ver, tenho tantos “problemas” que ainda me pergunto como estou de pé?

A minha bolsa do dia-a-dia é pesada. Tem de tudo. Necessaire, sombrinha, fones de ouvido, celular, remédios, lapiseira, caneta, borracha, carteira, porta aparelho móvel, calculadora, óculos de grau, óculos de sol, etc... levo também caderno na mão, e às vezes alguma sacola com coisas pro trabalho (afinal saio de casa às 7:20 e chego às 22:30 né?) e então olho pro meu namorado e o que ele leva? Nada!!! Celular, crachá, chaves no bolso, às vezes algum papel de anotações da faculdade e só!

Como é possível isso?!!?

Ainda tenho que me preocupar em ser uma boa profissional, boa namorada, assistir as aulas chatas da faculdade, fazer provas e trabalhos, não esquecer de tomar anticoncepcional todos os dias, aguentar o filho dos outros, pagar contas e mais um monte de coisas.

Nesse exato momento acabei de fazer declaração de imposto de renda pra minha mãe e pra amiga dela, aguentei as mal criações do meu sobrinho e da minha irmã e tô de saco cheio.

15.2.10

sobre o recomeço do blog.

Há alguns dias venho tendo vontade de deixar minha opinião sobre um e outro assunto em algum lugar, nem que fosse praquela coluna de cartinhas do Santa, só pra mostrar minha indignação (o assunto era Blumenau).
Mas bem, era um final de semana corrido pra mim, e não tive a chance de sentar pra escrever alguma coisa coerente, e como sempre, passou um pouco o calor do momento.

Já tive alguns blogs, como todo blogueiro amador que se preze, mas sempre acabei apagando por não querer expor demais as situações, receio que alguém lesse o que não deveria, e principalmente por sempre achar meus textos muito pretensiosos. Nem sei o que essa palavra quer dizer exatamente, mas é o que acho. Que eles transmitem que eu acho que sei demais, e que "pompo" demais o que escrevo e tal. Acabo achando tudo muito idiota, e sooner or later, acabo deletando.

Bom, não consigo mudar meu jeito de escrever, mas, mais uma vez vou tentar atualizar esse blog, sem pretensão alguma de manter uma assiduidade...